quarta-feira, julho 29, 2009

BRINCADEIRA DE CRIANÇA (Homenagem ao dia dos pais)


Nosso carinho e amor a todos pais dedicados que depois de um longo dia de trabalho ainda tem energia (ou tenta ter) para brincar com seus filhos e aproveitarem um tempo juntos... Amamos vocês.






- Pai? Paiê? Vamos brincar de lutinha?

- lutinha?

- É Pai, de lutinha, como na TV. Vem, Vem! – Eu vou te jogar um raio, que nem o Pikachu faz. – Tchu! Tchu! Tchu!

- Isso é um raio filho?

- É pai, por que?

- Não, nada. Só não sabia que o raio era cuspido no adversário.

- Vai pai, atira um raio tu também.

- Ok. Deixa ver...Vou lançar o raio do gordo desajeitado. - Kirraaaaaaa!

- Não pai. Não existe raio assim. Tem que ser um que nem no YU-GI-HO.

O pai lembra então dos desenhos de sua infância, que eram mais simples e com nomes mais fáceis de se pronunciar e de escrever. Agora para a nova geração, as histórias eram mais complexas (bem mais complexas), onde a trama era um tipo de jogo, disputado com cartas, como num jogo de baralho, porém totalmente diferente.

A energia do filho é incrível. O pai pensa em utilizar alguma estratégia para convencê-lo a dormir. Quem sabe se argumentar que a cama é uma nave ou uma caverna, poderia conseguir uma chance de fazê-lo deitar e quem sabe até pegar no sono.

- Agora eu me transformei no terrível monstro de pedra, filho. Vou capturar você e prendê-lo no presídio-cama, trancando-o com o cobertor paralisante.

- Escapei pai. Vem, vamos continuar brincando.

Não adiantou, antes era mais fácil. Aos dois anos era relativamente simples levá-lo para dormir. Aos três começou a ficar complicado. Agora aos quatro, a tarefa era quase impossível.

Os dois correm pela sala, um berrando de alegria e o outro bufando de cansaço. Alguém buzina na frente da casa, era o entregador de pizza. “Estou salvo”, pensa o pai. Bendita a hora que encomendei uma pizza grande para o jantar..

O dia termina. Para a criança a tristeza do fim da brincadeira. Para seu pai, a dor nos pés e nas costas. O stress do dia finalmente derruba o guerreiro. Agora enfim o repouso merecido. Ele fecha os olhos e então escuta uma voz infantil lhe sussurrando:
- Faz pra mim um mamazinho, papai?
Autor: Antonio Brás Constante

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